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O Relógio da Famíla

                               

    
CAPITULO I
   
Certa vez em uma reunião de família, vovô anunciara algo muito importante, que mudaria vida de um certo garoto:
   - Juquinha, meu netinho querido! Por anos esse relógio de bolso foi passado de geração em geração, para todos os homens de nossa família e agora é hora de entregá-lo a você, guarde-o com cuidado, ele contém lembranças e mistérios de nossos antepassados que jamais foram desvendados, pelo menos, até agora.
   Juquinha tinha apenas oito anos, mas sua coragem... Ah! Essa era igual ao de um arqueólogo de 30. Seus cabelos curtos da cor do mel, seu macacão listrado e seu estilingue compunham seu jeito travesso de ser.
   Surpreso, porém, curioso em desvendar esse tal mistério, Juquinha vai até o quintal de casa, atrás da goiabeira e abre a caixinha onde estava guardado o relógio.
   Neste instante, uma luz branca muito forte suga Juquinha para dentro.
   E agora? Onde estará Juquinha o menino Aventureiro?
  
CAPITULO II

 Ao ser sugado para dentro do relógio, Juquinha é transportado para o jardim de um Castelo Medieval.
   Fica perplexo com a forma como tudo acontecera e embora ainda um pouco tonto com a viagem no tempo, percebe ao final do jardim, um lindo castelo, com detalhes rústicos em tons derivados de bege e marrom.
  Encantado resolve entrar, afinal que mal poderia fazer uma espiadinha ?

CAPITULO III

 A porta estava aberta e sem nenhum guarda por perto, hora perfeita para tal ato.
  Ao dar os primeiros passos, ouve um barulho que parecia vir do corredor e que se propagava até o salão central, era uma discussão entre dois homens: O primeiro tinha 1, 59 de altura, era fofo como algodão, vestia uma capa vermelha aveludada, botinas e o principal, uma linda e brilhante coroa de ouro com detalhes em diamantes.
 Oras ao que parecia era um rei, mas não qualquer um e sim o majestoso Magnus, o rei de Avelânia; O segundo era magro, alto como um poste, tinha vestes sempre bem alinhadas e engomadas e modéstia à parte, seu ego era maior que seu nariz, era o Duque Venceslau Petrovisky, eis o que diziam:

- Duque, não sei mais o que fazer, estou arruinado, não tenho um tostão no meu cofre e o meu povo está na miséria e eu não posso fazer nada pra ajudar.
-Vossa majestade, se me permite uma opinião  acho lamentável que o reino de Avelânia esteja passando por essa triste situação e creio que só há uma alternativa, casar sua filha com um nobre da região(em pensamento: E eu conheço o nobre perfeito para ela, EU!Logo esse rei gorducho e falido não terá outra alternativa se não ceder o trono para mim e eu controlarei todo o reino de Avelania, de quebra serei rico e com uma rainha a minha altura, HAHAHAHA!).
O rei ouve a risada:
- Por que está rindo Petrovisky?
-Nada majestade só lembrei de uma piada muito boa que ouvi hoje de manhã.
-Deixe as piadas para depois, não vê que o assunto é sério!
-Perdoe-me majestade...
-Respondendo ao seu  discurso, eu acho que entregar a mão de minha filha Sophia, pobrezinha, que nada tem a ver com as minhas trapalhadas. Não é a solução... Há de ter outra alternativa! Mas espere, e se...
- E se o que Majestade?
- E se nós tentássemos achar o lendário tesouro  do espirito de Albert Klain?
- Majestade, além de perigoso, é impossível achar esse tal tesouro, sem falar que não passa de uma lenda tola e sem sentido.
- Tola? Oras Petrovisky, estás é com medo...

CAPITULO IV

Antes que a história continue, vou lhes contar no que consiste a Lenda do tesouro do espirito de Albert Klain:
Albert Klain era um famoso pirata saqueador de riquezas que aterrorizava os povoados em que passava, um dia ele e seu bando resolveram roubar o reino de Avelânia, mas na hora de executar o plano, o pirata se apaixonou pela antiga Rainha de Avelânia, ele também o correspondia, mas não queria abandonar sua vida de luxo, pela vida instavel dos sete mares, até porque isso seria traição contra seu reino e fazer isso era contra os seus principios nacionalistas, enganado por ela, crente que ela também o amava, propõe  que eles fugissem juntos.No meio da fuga, Albert Klain é acertado no peito por uma lança, de um dos Cavaleiros do Castelo.Mesmo sangrando consegue esconder seu tesouro e morre logo depois.Ele conseguiu esconde-lo de forma que ninguém jamais conseguiu acha-lo.Junto a ele esta a promessa de vingança do espirito de Albert Klain.

CAPITULO V

Continuando...
Enquanto os dois discutiam sobre o que fazer diante da trágica situação, Juquinha observava atentamente a conversa, esbarrando seu  braço num vaso que estava em cima de uma comoda, fazendo-o cair e quebrar.Neste momento, o duque  e o rei se assustam:
- Que que quem está ai?Eu sabia que não era boa ideia nem citar o nome deste pirata, o espirito dele já está nos assombrando.
Diz o Duque.
- Oras Petrovisky, largue a mão de ser frouxo Não há de ser nada, no máximo alguma empregada encherida. Agora vá!Convoque os cavaleiros para uma reunião extraordinária, quero fazer o comunicado.
- Como quiser majestade!
Sai Petrovisky resmungando para si baixinho: Esse gorducho não perde por esperar.
Juquinha desabafa:
- Ufá!Quase fui descoberto, tenho que tomar mais cuidado. Quer dizer então que há uma caça ao tesouro, será este o grande mistério que o vovô se referia? Eu adoro uma Aventura!
Agora como eu vou fazer para participar dessa cacada?Ja sei! Vou me disfarçar de  cavaleiro real.
Neste momento o relógio brilha, a luz envolve o garoto e agora Juquinha se torna um cavalheiro medieval.
-Legal!Estou gostando cada vez mais  desse relógio. Estou pronto para ir a reunião.Enquanto Juquinha se arruma, ouve Petrovisky resmungando pelo corredor:
- Se depender de mim, nunca encontrarão esse tesouro, porque se isso acontecer estou perdido.Ninguém pode desconfiar que fui eu que, propositalmente, arruinei Avelania, em prol do meu golpe para me tornar rei deste lugar.

CAPITULO VI

Os cavaleiros convocados estavam todos reunidos no salão central, inclusive Juquinha, assim sendo, o rei faz o pronunciamento real:
- Caros cavaleiros? voces bem sabem  a situação critica que estamos vivendo, andei pensando em uma solução para livrar nosso reino da ruina e só achei uma alternativa.Vasculharemos os arredores do castelo e até o telhado se for preciso e tentaremos achar o lendário tesouro do pirata Albert Klain, para isso preciso de cavaleiros corajosos, quem se candidata?
Silencio.Orei pergunta novamente:
- Ninguém vai ter a honra de salvar Avelania?
Então, Juquinha no meio da multidão de cavaleiros covardes diz:
- Estou a sua disposição majestade!
-Oras, em fim um corajoso!Mas sozinho irá conseguir?
-Majestade, voce não tem ideia de como eu gosto de uma aventura, só isso já me faz forte o suficiente para levantar uma pedra.
-Então está bem! Vá e procure por tudo, ache esse tesouro, salve Avelania, ganharás uma boa recompensa.

CAPITULO VII

Juquinha anda em circulos e nada consegue achar, até que de repente seu relógio cai no chão e ao cair abre um compartimento secreto do mesmo, onde havia a foto do pirata e da rainha e o mapa do tesouro.
-OH, não, meu relógio caiu! será que quebrou? Mas... o que é isso? A foto do pirata e da rainha!Tem alguma coisa aqui entre a foto da rainha,deixa eu ver, é  o mapa!Legal! Esse relógio que o vovo me deu é cheio de surpresas!Ao que tudo indica o tesouro deve estar bem... AQUI! Achei! Agora é só desenterra-lo.Anida bem que o rei me deu todo o equipamento necessário.Lá vamos nós pegar esse tesouro.
O duque espertalhão, vigiava o menino de longe, resolvendo ele mesmo atrapalhar :
- Alto lá! O que pensa que está fazendo?O meu  tesouro voce nao vai pegar!
-Seu? Com todo respeito mas eu vou pega-lo sim! É por uma boa causa, espere,o senhor não é o duque?Por que quer evitar que o reino de Avelania seja salvo?
-Não que seja da sua conta, mas o que eu quero é terminar o serviço que meu tataravo nao conseguiu quando se apaixonou.Quero não só tomar o reinado daquele gorducho, como também me casar com a filha dele e pegar o tesouro todo para mim, ou seja, ter uma vida digna, como eu não tinha o principal, o relógio, que foi roubado de meu tataravo pelo cavaleiro que o matou, nada podia fazer, mas agora que voce facilitou meu trabalho, vou finalmente realizar meu plano genial!É uma boa justiça a morte de meu tataravo. Voce pode  juntar-se a mim ou duelar, mas concerteza irá perder!E então, o que escolhe?
- Que assim seja, vamos ao duelo!
Juquinha pega seu estilingue, e abre a escotilha do capacete.
- Ora, voce é um menino! Esta zombando da minha cara, isso é ridiculo, vá brincar de caçar pombos e deixe o serviço de gnte grande pro titio aqui.
-Voce é um covarde seu duque, aposto que te venço com meu estilingue.
-Menino, está brincando com fogo, depois não vá sair chorando.
Enquanto os dois lutavam, surge o fantasma do pirata Albert Klain e assusta o Duque, que sai correndo como uma gasela.
-Mamae!!!
O fantasma diz:
- Esse moleque bobalhao, nunca soube o que é ter espirito de pirata! Voce foi muito corajoso jovem, sabe eu não culpo josefina, ela agiu como seu coração mandava, e no mais já nos intendemos por aqui, agora são aguas passadas.Esperavamos por voce, todos que aqui vieram por anos, se assustaram comigo e eu não consegui desencarnar para me encontrar com josefina, para enfim, ser feliz, tudo o que eu queria era que o meu tesouro fosse entregue em maos seguras. Finalmente esse dia chegou.Eu nunca fui generoso, pelo contrario vivia cheio de ganancia, mas me converti na minha morte.Vejo que es um jovem corajoso com alma de aventureiro, tipica de um verdadeiro pirata, tome pegue o tesouro, faça bom proveito, minha alma enfim, vai ficar em paz.

CAPITULO  VIII

O menino volta para o castelo com o tesouro em mãos e ao chegar encontra o duque  prestes a concretizar seu plano e colocar o rei contra ele:
- Majestade espere! Eu achei o tesouro, está aqui!
-Oras meu rapaz, bom trabalho!Graças a voce avelania está salva.
- Majestade, alem do tesouro, peço que ouça essa gravação que fiz, nela tem a declaração do duque, mostra a sua falsidade.
Algum tempo depois...
-Mas que absurdo! Quer dizer que foi o duque que quase levou meu reino a falencia, primeiro ele deu o maior prejuizo cum vomprando abotuaduras de ouro e ternos novos, depois ele se finge de amigo pra se casar com minha filha, ficar com Avelania e o tesouro só pra ele, isto é inadimissivel!Oras, prendam o Duque Venceslau Petrovisky, esse traidor.
O menino abre o relogio e pega achave do tesouro e abre o mesmo.
-Por sua coragem e lealdade, eu te nomeio  conselheiro real de Avelania.
O menino agradece, mas ve seu relogio brilhar como na primeira vez:
- Sou  um viajante do tempo, vim do futuro e voltei no tempo  para cumprir essa missao, agora tenho que voltar para casa, alem do mais sou só um menino de oito anos, é muita responsabilidade!
- Hahaha! Mas que menino espirituoso hein, pena que não ficarás.Ao menos leve consigo, nobre cavaleiro, uma parte do tesouro e este brazão lapidado manualmente, como vossa recompensa. Sempre que quiser as portas de meu reino estarão abertas.

CAPITULO XIX

Assim, Junquinha volta para casa e vai correndo contar ao seu avo o que acontedera.
Seu avo pisca e diz:
- Graças a ti, meu netinho, não precisamos mais hipotecar a casa, já que sua interferencia mudou de forma benefica a nossa historia.
Eu? ah... eu sou apenas um grande admirador de histórias.
- Juquinha, o Juquinha! É hora do lanche! 
- Já vou vovo.( Dá uma piscadinha para a platéia)
Na parede está o brazão e o relogio é  a prova do grande ato heróico.
Há quem não acredite na veracidade dessa história mas é porque nunca viveu uma grande aventura.

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